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domingo, 24 de março de 2013

INTELECTO, EMOÇÕES E VONTADE

Estudo profético – Editora Atos
Adaptação
Alberto Couto Filho

CRER é a nossa melhor opção
Durante um cruzeiro que fazia em um transatlântico, sempre às refeições no restaurante do navio, uma jovem buscava assento numa posição em que pudesse admirar um atraente rapaz que desde o início da viagem lhe chamara a atenção.
O jovem, sentindo-se notado, viu-se encorajado para aproximar-se.
Permita-me, disse o rapaz já à mesa da jovem: Pode ser que eu esteja imaginando coisas, mas tenho a sensação de que a senhorita vem olhando para mim por todos esses dias do cruzeiro. Isto é fato? Há algo errado comigo?
Encabulada, respondeu-lhe: Não, não há nada errado com você. É que observo haver uma semelhança muito grande ente você e o meu primeiro marido.
O rapaz, curioso, perguntou-lhe: Quantas vezes, então, se casou, considerando ser tão jovem?
Sorridente, a jovem disse: “Na verdade nenhuma, pelo menos até o presente momento”.

OS ISRAELITAS OPTARAM POR CRER
O que impulsionou aquela jovem à ação? Evidentemente a sua fé.
Quando homens e mulheres são desafiados biblicamente a crerem em Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, tem-se um forte apelo para uma fé que satisfaça o intelecto, as emoções e a vontade e, para que ela se complete, é necessário optar e agir de acordo com a escolha feita.
Não foi isto que aconteceu com aquela jovem?
Ela fez várias observações e aprendeu sobre o rapaz para depois, oportunamente, partir para a ação.
Então, se devo exercitar minha fé em Jesus como meu Salvador, meu intelecto deve crer nas narrativas e fatos do Evangelho, enquanto minhas emoções precisam reagir denotando amor e gratidão e minha vontade estará optando por receber o dom da Vida Eterna oferecido pelo Altíssimo.
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito para todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a Vida Eterna” (Jo 3:16)
Ao acionar a minha vontade eu posso admitir a prática de três ações:
decisão, o acatamento e a reação.
Lembram Elias?  Ele demonstrou toda a sua frustração diante da indecisão dos israelitas quanto a adorar ao nosso Deus ou a Baal, dizendo-lhes: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e é Baal, segui-o” (1Rs 28:21)
Após a constatação da total impotência de Baal diante do poder de Deus, os israelitas se decidiram pelo Senhor dos Exércitos.
O que devo concluir?
Tenho como conclusivo que a decisão é a ação da vontade, em resposta às informações colhidas e avaliadas pelas nossas mentes.

FÉ – A EXPRESSÃO DA NOSSA VONTADE
Minha decisão de aceitar Jesus; de reconhecê-lo como meu único Salvador aponta para dois lados atinentes a esta decisão: O acatamento à verdade contida nas Escrituras, enquanto que a minha reação é o lado ativo desta minha decisão.
Parece confuso, mas e fácil observarmos que Deus, desde a morte do Seu Filho unigênito, vem nos oferecendo o perdão dos nossos pecados e o inefável dom da Vida Eterna.
Quando chegamos à decisão de crermos em Seu nome; que o Evangelho é a Verdade Absoluta e que nos apraz partilhar de todos os seus benefícios, sentimos que todas as barreiras que encontramos para vencer serão removidas e que o Criador nos concederá o dom da Vida Eterna.
No Evangelho de João aprendemos que os seres humanos decaídos não são filhos de Deus por natureza; este é um privilegio só daqueles que têm fé, uma fé gerada neles pela soberana ação de Deus.
Portanto, no instante em que a fé se instala a minha vontade não acata simplesmente o dom de Deus – ela apresenta uma reação a esse dom. De imediato, a minha vontade mostra-se grata – “Graças a Deus pelo Seu dom inefável (2Co 9:15) e, de forma progressiva, demonstro esta minha vontade, respondendo com a realização de boas obras – “...eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24:15)
É dessa forma que, finalmente, a fé que se iniciou em minha mente renovada e em meu coração regenerado, irá se expressar na prática das minhas ações, segundo a minha vontade.
 Sentindo para CRER
Ao negociar com um fotógrafo, de nome Temístocles, um jovem estudante, solicitou várias cópias de um retrato de sua namorada. Ele tinha a intenção de espalhar a foto por vários espaços da sua casa – estava aparentemente apaixonado.
O fotógrafo, ao manusear a fotografia, não pode deixar de ler a inscrição no verso: “Meu adorado José, te amo de todo o meu coração. Meu amor por ti aumenta dia a dia. Eu te amarei para todo o sempre e por toda a eternidade serei sempre sua”. Sob a assinatura da jovem havia um “post scriptum”: “Se algum dia nós terminarmos, gostaria de ter esta foto de volta”.
Podemos depreender que o compromisso emocional da signatária com José não era o que precisava ser.
Podemos ser enganados à primeira vista, mas é perceptível que o coração daquela moça não estava totalmente nele.

FÉ – A SATISFAÇÃO DE NECESSIDADES EMOCIONAIS
Em torno de 58/68 d.C, no Evangelho de Mateus (22:37) Jesus Cristo citou o texto do livro Deuteronômio (6:5) escrito por volta de 621 a.C, quando questionado sobre o maior mandamento do Antigo Testamento: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu  coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”.
Aquela resposta identificou claramente o compromisso emocional, o amor, como a única reação que precisamos ter em relação a Deus. O amor era entendido, na lei do Antigo Testamento, inicialmente como a primeira função do coração; depois uma função de toda a personalidade e, finalmente uma função da mente humana.
Aquela expressão “de todo o coração” leva-nos a entender que Jesus estava expressando o tipo de amor que precisamos ter pelo Supremo Deus – “de todo o coração” inspira lealdade.
No caso acima, observamos que aquilo que faltava ao amor da jovem pelo seu apaixonado Temístocles, era exatamente a lealdade. Nossas emoções somente serão atingidas apropriadamente, quando nossa fé em Cristo Jesus como nosso único e suficiente Salvador for: “de todo o coração” em toda a sua extensão e  leal  em  sua intensidade.
A fé também satisfaz certas necessidades emocionais primárias em dimensão emocional apropriada. A fé em Jesus produz um profundo sentido de paz com Deus, pois Jesus mesmo  disse: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim ...... Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou” (Jô 14:1,27).
A paz (shalom) referida pelo Senhor Jesus é a que encerra a inteireza pessoal com harmonia perfeita em todas as áreas de nossas vidas. A fé “de todo o coração” é a única que nos leva a este tipo de paz.

FÉ “COM TODO O CORAÇÃO” – EMOÇÕES SATISFEITAS
A fé “com todo o coração” leva-nos à alegria, como podemos ler no incentivo à oração com fé, dado por Jesus a seus discípulos“Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa” (Jô 15:24).

A alegria é mais do que um sentimento efêmero e passageiro. A palavra grega para alegria é relacionada com a palavra graça. As idéias contidas nessas palavras são inseparáveis, quando aplicadas à fé. A alegria é um sentido duradouro de bem-estar e satisfação baseado na graça de Deus.
Para Crer é necessário sentir. Isto é perceptível no desafio que a Bíblia faz a homens e mulheres para que creiam em Jesus como Salvador pessoal.
A Bíblia está a requerer uma fé que venha a satisfazer o intelecto, as emoções e a vontade.
A existência da fé não é demonstrada unicamente pela concordância com as narrativas bíblicas ou mesmo pelo que constitui uma crença – a fé no mesmo tempo que exige de nossas emoções ela também as satisfaz.

É preciso pensar para CRER
Nós, seres humanos, simplificamos excessivamente, tudo o que há de mais importante em nossas vidas Como exemplo disso registramos o comentário de uma pessoa ao encerramento de um Seminário Teológico. Dizia ele ao teólogo-professor:
Precisamos encarar os fatos, mestre – se enxugássemos todo o Cristianismo teríamos como sobra única: “Ame seu próximo como a si mesmo”. Não é esta a regra final prevalecente?
E por que esta tendência de tudo simplificar?
Estudiosos observaram que apenas 5% das pessoas pensam; Outros 15% pensam que pensam e os 80% restantes preferem a morte no lugar de pensar.
Um grande número de pessoas acha que nós, cristãos, somos pessoas que deixam o cérebro nos átrios, na porta de entrada de uma igreja para que creiamos em Jesus, mas sabemos que isto é uma inverdade. Cristãos autênticos sabem que o Cristianismo não é: nem fé de simplificação excessiva e nem um pensamento que não envolve críticas.

EU PENSO; EU SINTO; EU REALIZO A OBRA, CONSEQUENTEMENTE, A MINHA FÉ ESTÁ VIVA
Ao traduzir “The Prophecyh Study Bible” João Ferreira de Almeida expõe que:
Quando a Bíblia desafia os homens e mulheres a crerem em Cristo como Salvador pessoal, ela está requerendo uma fé que satisfaça o intelecto, as emoções e a vontade. Uma fé sem razão, uma fé sem coração ou uma fé inativa não é uma fé bíblica em Cristo. É muito mais fácil para as pessoas dispensarem o componente racional da fé, porque suspeitam que a fé e a razão se opõem. Muita gente “acredita” no Papai Noel, e daí por diante.”

É inquestionável: a fé bíblica vai além da razão, mas em hipótese alguma ela contradiz a razão, pois parte de um fundamento racional.
Um objeto de fé deve ser em primeiro lugar digno de confiança. A tradução permite-me um exemplo: um patinador do gelo que deposita sua fé no gelo fino da pista, toma um banho gélido porque não examinou com apuro a evidência. Da mesma forma, um investidor que deposita sua fé nos conselhos recebidos de um trapaceiro irá tomar um banho não menos gelado por causa da sua confiança irracional.

A MINHA FÉ; A NOSSA FÉ É RACIONAL
E a fé cristã, é racional?
Os princípios da fé cristã podem ser avaliados de maneira significativa, para que sejam comprovados ou refutados?
Então, o Cristianismo emana da Bíblia que é embasada em acontecimentos históricos e não em mitos ou lendas; Além disso, investigações arqueológicas e literárias foram feitas em torno da Bíblia e concluiu-se que os detalhes concretos e o ambiente cultural são fidedignos e verdadeiros.
Jesus, sem nenhuma dúvida, foi descrito não só no Novo Testamento, como também em inúmeras fontes seculares.
Como evidência de que o Eterno Pai aceitou o sacrifício de Jesus pelos pecados da humanidade, tem-se que Jesus se levantou dos mortos. Embora sobrenatural, é a melhor explicação encontrada para justificar o túmulo vazio; É desconhecida qualquer outra evidência verossímil para o desaparecimento do corpo de Cristo do túmulo que fora selado e bem guardado, em que pese o interesse de instituições políticas e religiosas em gerar descrédito quanto à ressurreição.

Concluo, constatando que através dos séculos os ensinamentos de Cristo e de seus discípulos forneceram o fundamento de inúmeras vidas de indivíduos e da civilização ocidental clássica. Então, a partir das evidências bíblicas, é racional crer em Jesus como o meu; como o nosso único e suficiente Salvador.


ACF/RCA 10722
ADP.
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